Pedagógico

  • Cidadania se aprende brincando

Pedagógico

Projeto Político Pedagógico – PPP

O trabalho pedagógico fundamentado na proposta histórico-cultural baseia-se na concepção de criança como um sujeito social, que se desenvolve na medida em que aprende e utiliza das relações familiares, sociais e culturais para adquirir e incorporar aprendizagens. A criança, assim, estabelece relações fora do contexto institucional, participando da linguagem decorrente das mesmas, além de relaciona-se consigo própria e com sua exterioridade através de vivências corporais, de forma a controlar e conhecer suas ações e as pessoas, bem como seu ambiente. É através das interações, físicas ou verbais, que o conhecimento vai sendo mediado e incorporado às atitudes da criança.

A função do professor, neste sentido, é essencial na medida em que, para essa teoria, o sujeito humano não está pronto ao nascer, com potencialidades a serem desenvolvidas – como quer a concepção inativista – tão pouco funciona como uma folha em branco, preenchida a partir das ações do meio externo – de acordo com a visão ambientalista. Para a concepção vygotskyana, o sujeito constitui-se a partir de intervenções de adultos importantes e também participa dessa constituição na medida e que atua nas vivências, tornando-as significativas.

É nesse contexto que o professor exerce o papel de intervir nas relações que a criança estabelece para promover aprendizagens significativas, partindo de conhecimentos informais – adquiridos na vida cotidiana – em direção à  formalização e complexibilização. A linguagem ocupa um lugar central na proporção em que comporta os símbolos necessários à  interação e à  consequente aprendizagem.  É em torno de quatro teses fundamentais que essa teoria é construída:

.:: As características humanas resultam da interação do sujeito e seu meio social;
.:: O desenvolvimento mental humano não é dado a priori;
.:: A mediação (linguagem por excelência) é a característica principal presente em toda atividade humana;
.:: A consciência humana não é apenas uma cadeia de reflexos: é um produto da história social.

A utilização de projetos de pesquisa como recursos para colocar em prática as idéias da teoria histórico-cultural justifica-se Na medida em que através deles, valoriza-se os conhecimentos que as crianças possuem sobre determinado tema de interesse. Entender a Educação Infantil como uma prática específica e diferenciada do Ensino Fundamental é levar em conta seu caráter de promover desenvolvimento global da criança, encarando-a como possuidora de objetivos em si mesma. Mais do que simples repasse de informações ou apenas espaço onde as crianças alimentam-se e permanecem limpas, o trabalho deve ser sistemático e institucional, estruturado em atividades e situações que garantam a aquisição de novos conhecimentos, mas sempre partindo do contexto da criança e sua especificidade.

Deste modo, os projetos de pesquisa serão articulados desafiando a criança a construir novos conhecimentos, fazendo-a participante do processo de ensinar e aprender e não passiva e apenas receptora. Procura-se levar em conta, na produção e desenvolvimento dos projetos, as diferenças de características das crianças de 0 a 6 anos, dando-se maior autonomia na investigação dos temas para aquelas com idade entre 3 e 6 anos.

Em última análise, o trabalho pedagógico aqui referenciado tem razão de proceder, já que o objetivo da pré-escola é o de formar hábitos, de promover criatividade e a inventividade , mas principalmente, de realizar essas funções de uma maneira contextualizada, levando em conta a realidade, linguagem e os conhecimentos infantis. O planejamento curricular procura associar temas de interesse para a criança, – que façam parte da realidade social e que tenham importância para o seu desenvolvimento com os conteúdos específicos para cada momento da constituição física, cognitiva e psicológica.

II. Objetivo

Objetivos Gerais:

Promover o desenvolvimento bio-psico-social da criança através de recursos significativos que levem em consideração seu contexto histórico e cultural.

Objetivos Específicos:

· Desenvolver na criança sentimentos e atitudes de autonomia, cidadania e participação social;
· Construir uma rotina que garanta à  criança ser assistida no que se refere à  higiene e alimentação;
· Articular o conhecimento formal à  realidade da criança, promovendo atividades significativas;
· Transformar as atividades lúdicas em atos pedagógicos e intencionais;
· Articular a educação infantil com o ensino fundamental, respeitando a especificidade da criança de 0 a 6 anos e introduzindo – de acordo com a demanda e a necessidade – conteúdos e regras característicos do ensino fundamental;
· Promover a integração entre as crianças de diferentes faixas etárias, tanto em ocasiões comemorativas quanto nas atividades cotidianas;
· Criar espaço para a relação entre família e escola, quer através de reuniões temáticas ou orientações individuais;
· Inserir a comunidade, enquanto recursos humanos e materiais, na prática pedagógica.

III. Avaliações

Com a criança:

O processo de avaliação com a criança ocorre diariamente de acordo com o desenvolvimento das atividades planejadas e da relação estabelecida entre o professor e o aluno, relação essa que é intencional e não ingênua. O fechamento desse processo ocorre a cada final de bimestre, onde a professora, de posse dos registros informais realizados sobre cada criança, formaliza sua avaliação e a utiliza tanto para o redirecionamento de seus objetivos quanto para o repasse aos pais. Pondera, para tanto, todos os aspectos de seu planejamento – conteúdo, objetivos, método, recursos e estratégias – e as características individuais de cada aluno, entendido como sujeito participante de uma dinâmica de relações familiares e sociais que transcendem. Procura-se analisar questões específicas de cada grupo de crianças, dentre elas, aspectos cognitivos, sociais, físicos e psicológicos.

Esse procedimento,  tem como objetivo a análise do desenvolvimento da criança em diversos aspectos, assim como,  a investigação e direcionamento da prática pedagógica  e da relação estabelecida entre professor e aluno, já que esta última caracteriza-se como determinada e determinante de seu meio social.